“Mapa da Hostilidade Urbana” aponta mais de 90 locais inseguros

Proposta da vereadora Marina Bernardes é mapear áreas que geram insegurança em Passo Fundo

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Mapear a insegurança: primeira ação da vereadora Marina Bernardes  Foto – Divulgação/GabineteMapear a insegurança: primeira ação da vereadora Marina Bernardes  Foto – Divulgação/Gabinete
Mapear a insegurança: primeira ação da vereadora Marina Bernardes Foto – Divulgação/Gabinete
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Luz é vida e segurança. Áreas pouco iluminadas ou terrenos vazios geram insegurança. Com esse foco, a vereadora Marina Bernardes (PT) propôs a criação de um Mapa da Hostilidade Urbana em Passo Fundo. Na quarta-feira, 08, ela apresentou a ação que prevê a participação da comunidade através do envio dos endereços em que há ruas pouco iluminadas, pontos de ônibus, terrenos vazios e outros locais inseguros. O mapeamento é através do WhatsApp. “Entendemos que é um canal fácil, prático e que faz parte do dia a dia de muitas pessoas, que estão respondendo e em apenas 24 horas já mapeamos mais de 90 pontos”, disse Marina na tarde de quinta-feira. “Até o final do dia acredito que chegaremos a 100 locais no mapa”, completou.

Ouvir a cidade

A eficaz interação com a comunidade se deu através das redes sociais. “A participação é rápida e intensa, com muitas pessoas envolvidas nas redes num movimento digital muito grande”, disse a vereadora em relação ao exitoso retorno da campanha. É importante destacar que essa é a primeira ação de trabalho no recém-iniciado mandato da vereadora Marina Bernardes. “Às vezes falta gestão, não adianta apenas o ‘Bairro a Bairro’ (programa da Prefeitura), tem que visitar a cidade e escutar a população. Dar ouvidos à população é ouvir a cidade”, justificou. A ideia de propor um mapa participativo e colaborativo surgiu durante a campanha eleitoral ao ouvir a comunidade. “A cidade precisa garantir a segurança das pessoas para além da responsabilidade dos órgãos de segurança pública. As pessoas vinham até nós para falar sobre como se sentem inseguras transitando pelos bairros ou praças, em diferentes momentos do dia ou da noite”, relatou. Marina entende que há uma “relação com a falta de um planejamento urbano que considere estes elementos na sua concepção”.

Banheiros públicos

O mapeamento visa detectar os pontos inseguros, especialmente ruas, calçadas, trechos de ciclovia e praças com pouca ou nenhuma iluminação pública. Também aponta os banheiros públicos precários, os pontos de ônibus com infraestrutura inadequada ou pouca visibilidade e os terrenos vazios. São elementos que configuram os pontos hostis e perigosos de Passo Fundo e que ingressam no Mapa da Hostilidade Urbana. A hostilidade, delineada pela vereadora, não fica apenas na penumbra de alguns pontos, pois outras carências também entram no mapa. “Um exemplo é a Avenida Brasil que não tem banheiro público em toda a sua extensão. Isso é falta de atenção às demandas”.

Os caminhos do mapa

Apontar os locais hostis é apenas o ponto de partida da proposta. “Pelo WhatsApp (54) 98129-4600, as pessoas podem nos enviar os endereços ou a localização dos pontos que elas consideram perigosos. Essa hostilidade pode ser um trecho que ela se sente insegura em transitar, esperar o ônibus ou até de se locomover diariamente”, explicou. O recebimento dos dados prossegue até o início de fevereiro, propiciando o que Marina define como “um diagnóstico social e popular que nos auxilie a apresentar, em um segundo plano, demandas efetivas para a Prefeitura”. Porém, em segunda etapa, o dossiê será apresentado e discutido com órgãos de segurança pública, grupos representativos de categorias profissionais e diversas entidades. “Depois disso, vamos agendar uma reunião com o Executivo”. As soluções podem ter soluções simples como ampliação da iluminação pública ou melhorias em um ponto de ônibus. “Mas outras exigem um trabalho técnico de planejamento da cidade. Para enfrentar o problema nós precisamos de informação”, enfatiza a vereadora Marina.

SERVIÇO:

Como relatar pontos inseguros?

Pelo WhatsApp (54) 98129-4600

 

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