A retomada de voos diários entre Passo Fundo e Porto Alegre embasa um documento recentemente entregue pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) ao governo do Estado e à Assembleia Legislativa (ALRS). A entidade pede, ainda, que a cidade de Erechim seja atendida pela mesma rota aérea.
A solicitação, aponta a Famus, visa reduzir consideravelmente o tempo de viagem, promovendo o desenvolvimento econômico e facilitando a mobilidade dos habitantes desta região. O presidente da Federação, Marcelo Arruda, calcula que a rota beneficiaria cerca de 400 mil pessoas. “Sabemos da importância de voltar a ter esse voo regional, para agilizar essa conexão com Porto Alegre, que leva atualmente entre cinco horas a seis horas, principalmente em função das obras de duplicação da BR 386, além do trânsito na ERS-135 que também é muito intenso. O voo reduziria para 45 minutos esse deslocamento”, ressalta Arruda, ao reforçar que a Famurs tem dialogado também com as lideranças políticas e entidades de classe de Passo Fundo e Erechim.
A iniciativa leva em consideração as discussões já em andamento entre o governo do Estado e as empresas áreas sobre a ampliação de voos regionais. No caso da Assembleia, o ofício foi direcionado à Comissão Especial para Analisar a Situação da Aviação Civil Regional. “Este é o momento de unirmos esforços para reconquistarmos esse voo regional, numa aeronave com capacidade e passagens a um valor justo. Principalmente, ter a confiabilidade de comprar a passagem e saber que vai embarcar”.
Aeroportos estruturados
O presidente menciona que o Aeroporto de Passo Fundo foi recentemente reestruturado, e, por meio de uma futura concessão à iniciativa privada, deverá receber investimentos constantes em melhorias. Em Erechim, cita, o aeroporto municipal também recebe investimentos, para permitir pousos e decolagens de aeronaves maiores. “Ter um horário de manhã com retorno no final do dia seria o sonho da região, possibilitando agendas na capital num mesmo dia”, complementa Arruda.
Conforme acredita, o Norte gaúcho teria demanda para a frequência diária. “Essa é uma região economicamente muito forte, com grandes empresas, comércio e serviços fortes, incluindo na área da saúde, o que também pode atrair muita gente da região metropolitana para os negócios locais”.
A Companhia Azul foi a última a operar a linha Passo Fundo-capital. Quando encerrou, a empresa reconheceu a importância e o potencial econômico da rota, no entanto, alegou problemas de infraestrutura operacional no aeroporto Lauro Kortz.
O ofício da Federação dos Municípios foi encaminhado ao secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e ao presidente da Comissão da ALRS, deputado Frederico Antunes.
