Mafalda chega aos 60 anos inspirando artistas e ativistas

Personagem tornou-se referência pela crítica social

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Arte - Carlos Lattuf – Reprodução EBCArte - Carlos Lattuf – Reprodução EBC
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Hoje, 29 de setembro, a icônica personagem Mafalda faz “aniversário”. Foi nesta data, em 1964, que a primeira história dela foi publicada no periódico argentino Primera Plana. A personagem mais rebelde dos quadrinhos latino-americanos chega aos 60 anos ainda provocativa. Mafalda, do cartunista argentino Quino, tornou-se inspiração para novas gerações do seu país e do mundo. É como se a "criatura" tivesse ganhado vida própria, para além do seu "criador", falecido em 2020. As frases ácidas e veia crítica de Mafalda estimulam debates em salas de aula, escolas de arte e quadrinhos. Também é "presença" recorrente em camisetas e bandeiras de protestos políticos, especialmente quando o assunto é a própria Argentina.

Faz falta

Desde a posse de Javier Milei na presidência, o país vive uma onda de protestos, aumento da pobreza e restrições à liberdade de expressão. O sistema de comunicação pública foi completamente desestruturado. "Creio que Mafalda deveria voltar com força total, já que, em tempos de Javier Milei na presidência, é mais que necessário uma voz crítica e contundente como a da personagem criada por Quino", acredita o chargista brasileiro, Carlos Lattuf. A artista plástica argentina Jorgela Argañaras lembra o inconformismo da personagem com o mundo adulto ajudou-a não se sentir tão sozinha em sua pré-adolescência. "Mafalda ficaria horrorizada com esse governo argentino. Imagino ela levantando bandeiras acompanhando os aposentados nas marchas, defendendo avós e mães. Imagino-a indignada com o 'uso da palavra Liberdade' num governo que não aceita a diferença."

 

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