A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) reforça aos pais a necessidade de estar atento a nova fase da Campanha de Multivacinação, promovida pelo Ministério da Saúde, cujo objetivo é atualizar o calendário de vacinas para crianças e adolescentes até os 15 anos em todo o país. A iniciativa marca mais um passo no Movimento Nacional pela Vacinação, lançado pelo Governo Federal em fevereiro deste ano, com o intuito de revitalizar as taxas de cobertura vacinal no Brasil. A primeira metade de 2023 testemunhou a antecipação da multivacinação em alguns estados da região norte do país, visando conter doenças que haviam sido erradicadas, mas cujas taxas de cobertura vacinal estavam em declínio. O risco de reintrodução de doenças como a poliomielite também motivou essa ação, especialmente após a notificação de casos no Peru. Com a abertura da etapa nacional da Campanha de Multivacinação, todas as vacinas previstas no calendário para crianças e adolescentes estarão disponíveis nos locais e horários definidos por cada município. No Rio Grande do Sul, a campanha terá continuidade até o dia 26 de agosto.
Ferramenta vital
"A vacinação é uma ferramenta vital para a prevenção de doenças e a proteção de nossa população mais jovem. Nós, da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, apoiamos plenamente essa iniciativa e incentivamos os pais e responsáveis a aproveitarem esta oportunidade importante para recuperar as coberturas vacinais. Destacamos estratégias inovadoras, como o microplanejamento, que desempenha um papel fundamental. A diversidade de realidades entre estados e municípios requer abordagens adaptadas às peculiaridades locais e este microplanejamento permite direcionar estratégias específicas para os fatores determinantes que impactam as coberturas vacinais, levando em consideração as características próprias de cada região e município", afirmou o Dr. Juarez Cunha, pediatra da SPRS.
Baixa cobertura
“Enfrentamos um risco substancial devido às baixas taxas de cobertura vacinal. Embora tenhamos feito progressos, ainda não recuperamos plenamente o certificado de eliminação de certas doenças controladas. A ascensão recente de casos de meningite em nosso estado demonstra o quanto a imunização é crucial. Dispomos de vacinas seguras e eficazes, acessíveis gratuitamente, especialmente para as crianças, que são mais vulneráveis a doenças infecciosas. Portanto, é fundamental incentivar e priorizar a vacinação, garantindo a proteção da população mais jovem”, acrescenta Juarez.
As vacinas são seguras e salvam vidas
O diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde, Eder Gatti, reforçou ao público a segurança dos imunizantes. “Lembramos que as vacinas são seguras e salvam vidas. O Programa Nacional de Imunizações conta com o apoio de especialistas pautados pela ciência para a tomada de decisões."
Poliomielite
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, comentou sobre o risco de as doenças já eliminadas no Brasil voltarem, como a poliomielite. “Com a queda das coberturas vacinais nos últimos anos, nós temos, infelizmente, o risco de reintrodução de doenças que estavam eliminadas no Brasil. Por isso, precisamos proteger as nossas crianças e os nossos adolescentes. Temos uma responsabilidade fundamental, algo definido no Estatuto da Criança e do Adolescente como um direito. O direito à vacina é o direito à proteção, é o direito à vida que não pode ser negado”, destacou a ministra.