A condição conhecida como Covid Longa ou Condição Pós Covid foi confirmada por vários estudos em todo o mundo e, mais tarde, relatada em crianças. Ocorre em jovens com histórico de Infecção por SARS-CoV-2, com pelo menos um sintoma físico persistente por um período mínimo de 12 semanas após o teste inicial desde que não seja explicado por um diagnóstico alternativo. Os sintomas têm impacto no funcionamento diário, podem continuar ou desenvolver-se após a infecção por Covid, pode flutuar ou recair ao longo do tempo. O teste positivo para Covid -19 referido nesta definição pode ser um teste de antígeno, um teste PCR ou um teste de anticorpo.
Sintomas duradouros
Um estudo realizado na Dinamarca, denominado Long Covid KidsDK, revelou que crianças com menos de 3 anos diagnosticadas com Covid-19 apresentaram sintomas de Covid longa ou Condição Pós Covid, uma condição que persiste por mais de 2 meses. Conforme a pesquisa que contou com 10.997 crianças num período de quase 2 anos, aproximadamente 31,2% das crianças nessa faixa etária desenvolveram sintomas duradouros, que incluem distúrbios do humor, dor de estômago, tosse e perda de apetite. Além disso, foram avaliadas outras faixas etárias, mostrando que 26,5% das crianças de 4 a 11 anos e 32,5% das crianças de 12 a 14 anos apresentaram sintomas persistentes.
Resultados preocupantes
“Sintomas comuns de Covid longa nessas faixas etárias incluíram cansaço, distúrbios do humor, dificuldades de concentração, erupções cutâneas, fadiga, insônia e problemas de memória. Estes resultados são preocupantes e destacam a importância de monitorar de perto as crianças infectadas com o SARS-CoV-2, independentemente da gravidade da doença inicial”, afirma o médico infecto-pediatra Fabrizio Motta.
Pais atentos
Diante dessa situação, a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul orienta os pais a ficarem atentos aos sinais de Covid longa em seus filhos e, caso percebam qualquer sintoma persistente, buscarem a avaliação e orientação de um médico pediatra. Além disso, é essencial que os pais sigam rigorosamente o calendário vacinal de suas crianças, mesmo diante dos efeitos prolongados da doença, pois a imunização é uma medida importante para prevenir complicações e proteger a saúde dos pequenos.
Conforme a pesquisa que contou com 10.997 crianças num período de quase 2 anos, aproximadamente 31,2% das crianças nessa faixa etária desenvolveram sintomas duradouros,