No contexto econômico latino-americano, a Argentina tem sido um bom exemplo. Quando assumiu o governo, Milei se deparou com um país praticamente falido. Desde então, conseguiu estabilizar a economia e baixar significativamente a inflação. A bolsa por lá fechou o ano em alta, enquanto no Brasil denuncia o desastre econômico que vem chegando. A forte desvalorização do real e o reforço notável do peso deram mais poder de compra aos argentinos, que chegaram em grande número para aproveitar as praias brasileiras, nessa época. O peso argentino foi a moeda que mais se valorizou no mundo (mais de 40%), recentemente. Quando Milei assumiu o governo, muitos apontavam que seria praticamente impossível que ele avançasse com o seu pacote ousado de reformas, mais conhecido como o Plano Motosserra. Ocorre que Milei conseguiu avançar nas negociações, isso tudo sem perder a sua popularidade. Com importantes cortes nos custos governamentais, Milei conseguiu enxugar a máquina pública para níveis nunca vistos anteriormente. Cargos de comissão cortados, flexibilização nas regras trabalhistas e empresas públicas privatizadas. Enquanto no Brasil as empresas estatais acumulam perdas significativas. A inflação reduziu drasticamente no país, saindo de um índice mensal de mais de 25% (dezembro de 2023) para um pouco mais de 2% no final deste ano.
Comércio
No plano do comércio internacional também houve importante incremento, com o estímulo das exportações e remoção de eventuais restrições, o que fortaleceu ainda mais a moeda nacional, trazendo receitas, a partir de um conceito de comércio livre. As taxas de importação foram drasticamente reduzidas, permitindo com que os argentinos aumentassem seu leque de consumo internacional.
Investimentos
No plano de investimentos, a Argentina passou a estar no radar internacional, novamente. A meta foi justamente propiciar o aumento nas reservas de dólar. Trata-se da primeira vez na história (da última década) que o país arrecada mais do que gasta, passando a ter importantes superávits, o que chama atenção do investidor. Essa mudança drástica traz credibilidade ao governo e segurança aos investimentos internacionais.
Relações Internacionais
Milei tem colocado a Argentina em outro rumo internacional, diferente do seu antecessor, que era subserviente ao eixo autocrático, assim como é a política externa do atual governo brasileiro. Milei fez isso sem prejudicar as relações comerciais do país. Criticou duramente a guerra ilegal empreendida por Putin e tem denunciado as violações contra direitos humanos nas ditaduras latino-americanas, entre elas Cuba e Venezuela. Com um novo ambiente para investidores internacionais, boas reservas de dólar e impulsionamento nas exportações, os EUA será um parceiro-chave com a ascensão de Trump, um dos seus maiores aliados internacionais. Do BRICS quer distância e do Mercosul, possui importantes críticas, não vendo o acordo com a União Europeia como muito promissor. Toda essa mudança argentina foi operada em apenas um ano. Enquanto isso, os brasileiros navegam na incerteza. O bom exemplo vem da Argentina!