Entenda por que o peeling de fenol voltou a ser destaque

Procedimento considerado peeling profundo ou peeling cirúrgico, necessita ser feito por médico dermatologista

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Procedimento exige habilidade técnica e conhecimento médico aprofundado Foto – Senivpetro-FreepikProcedimento exige habilidade técnica e conhecimento médico aprofundado Foto – Senivpetro-Freepik
Procedimento exige habilidade técnica e conhecimento médico aprofundado Foto – Senivpetro-Freepik
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O peeling de fenol não é novidade na Dermatologia. Utilizado há décadas para tratar uma variedade de condições de pele, como rugas profundas, manchas, cicatrizes de acne, lesões pré-malignas e envelhecimento acentuado, esse tratamento é tão eficaz quanto complexo. “Um dos principais benefícios do peeling de fenol é a sua capacidade de tratar problemas de pele mais graves e mais profundos, através da indução de uma “troca” da pele afetada por uma pele rejuvenescida, com resultados duradouros e, às vezes, definitivos. Ao contrário dos peelings mais suaves, que podem exigir tratamentos repetidos, o peeling de fenol em geral é feito em sessão única. A nova camada de pele formada durante o processo de cicatrização é geralmente mais firme, com menos rugas e irregularidades”, afirma a dermatologista e presidente da SBD-RS, Dra. Rosemarie Mazzuco.

Riscos potenciais

Porém, este procedimento não é isento de riscos. A Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS) ressalta que o peeling de fenol apresenta potenciais riscos à saúde, que devem ser considerados. Devido à profundidade da lesão que ocorre na pele, decorrente da ação do fenol, a recuperação é mais longa e exige uma série de cuidados pós-operatórios que visam evitar o surgimento de infecções, cicatrizes e manchas definitivas. Além disso, o procedimento exige habilidade técnica e conhecimento médico aprofundado. Por essas razões, a entidade enfatiza a importância de consultar um dermatologista qualificado e experiente para que o mesmo avalie a indicação correta e realize o procedimento com segurança.

 Pós-peeling

“Nas primeiras semanas após a realização do peeling de fenol, ocorre vermelhidão, sensibilidade aumentada e descamação. Nessa fase, é fundamental que o paciente se mantenha em casa, seguindo as instruções pós-peeling. A pele tratada leva meses para se recuperar completamente, e os cuidados pós-operatórios são cruciais para um bom resultado. Dentre os efeitos adversos a longo prazo, o mais comum é a possibilidade de hiperpigmentação (escurecimento) ou hipopigmentação (clareamento excessivo) da pele. Embora seja eficaz no tratamento de manchas escuras, pode ocorrer despigmentação excessiva ou irregular, por isso o peeling de fenol só é indicado em pessoas de pele clara”, acrescentou a médica.

 Ambiente cirúrgico

A médica salienta que há, também, riscos sistêmicos. O fenol é um agente químico potente e, se absorvido em quantidades significativas, pode causar problemas cardíacos, renais ou hepáticos. Por isso, o procedimento deve ser realizado por um médico especialista, em ambiente cirúrgico adequado, geralmente sob anestesia geral ou sedação.

Novas variações

Modernamente, existem variações menos agressivas do peeling de fenol, com recuperação mais rápida e com menos efeitos colaterais e risco de complicações. Antes de optar pelo peeling de fenol, é fundamental discutir os benefícios e riscos com seu dermatologista. O médico irá avaliar sua condição de pele, histórico médico e expectativas para determinar se esse procedimento é adequado para você. Existem alternativas menos invasivas, como peelings mais suaves ou tratamentos a laser, que são igualmente eficazes quando indicados e realizados corretamente. “Jamais se submeta a um procedimento invasivo ou desse grau de complexidade feito por um profissional não-médico”, finaliza a Dermatologista.

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