Candidatos ao Piratini: Luis Carlos Heinze e Onyx Lorenzoni

Nesta série de reportagens, o Jornal O Nacional passa a apresentar os candidatos ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul

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Seguindo a série de produções sobre os candidatos ao cargo de governador do Rio Grande do Sul, o Jornal O Nacional apresenta o histórico e principais propostas de Luis Carlos Heinze (PP) e Onyx Lorenzoni (PL).


Luis Carlos Heinze (PP) mantém foco de sua candidatura na agricultura e na redução de impostos

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Concorrendo pelo Partido Progressista (PP), Luis Carlos Heinze, 71 anos, tem ao seu lado na corrida pela vaga de governador a psicóloga Tanise Sabino (PTB), 42 anos, com apoio dos partidos PRTB/PP/PTB. Luis Heinze é produtor rural, natural de Candelária e graduado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Na política, já foi prefeito de São Borja, ocupou cinco vezes a cadeira de deputado federal e desde 2019 é senador. 


“Pra Fazer Acontecer”

Heinze apresenta um programa de governo “Pra Fazer Acontecer”, construído com a opinião pública de 19 mil gaúchos e que reúne 194 propostas, divididas em 11 áreas: agricultura; cultura, esporte e desenvolvimento social; desenvolvimento econômico e inovação; educação; finanças, governança e gestão; infraestrutura; meio ambiente; municipalismo e desenvolvimento regional; saúde; segurança pública; e turismo.

Nesse sentido, Luis Carlos quer criar incentivos para a instalação de açudes nas Áreas de Preservação Permanente (APP), para uso em casos de estiagem, além da implantação de sistemas de energia limpa e renovável, com o fortalecimento do papel da Emater no Estado.

Pensando na ampliação das concessões de rodovias, busca pedágios reduzidos e não a implantação do sistema de outorga, com a extinção da EGR (Empresa Gaúcha de Rodovias) e a da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan).

Na economia, Heinze quer reduzir, de forma gradativa, o ICMS e ampliar as ações estaduais voltadas à liberdade econômica. Isso, revisando os incentivos fiscais já concedidos e buscando, junto à União e ao Poder Judiciário, alternativas de aperfeiçoamento das medidas impostas pelo Regime de Recuperação Fiscal.

No desenvolvimento, Luis propõe a ampliação do programa Primeira Infância Melhor junto ao Criança Feliz e a criação de um novo programa de busca ativa escolar para reduzir a evasão escolar e outro para a correção das distorções idade-série. Somado a isso, quer promover mudanças no Plano de Carreira do Magistério e na forma de contratação, ampliando a oferta de educação profissional de nível técnico e de ensino em tempo integral. 

Na saúde, busca fortalecer os hospitais de pequeno porte e a reorganização das pactuações do SAMU, somado a revisão total do IPE Saúde, o aproximando de uma “gestão privada de planos de saúde”.


O que Heinze diz sobre a privatização 

No que diz respeito à privatização, Heinze aponta em seu Plano de Governo que quer promover um “profundo diagnóstico” sobre o Banrisul e um diálogo com a sociedade e o parlamento sobre a “participação do Estado na sua gestão”. Sobre questões como o saneamento, pontua que irão realizar investimentos, “principalmente em parceria com o setor privado”, para assegurar o atendimento do Novo Marco Legal do Saneamento, em consonância com o apoio aos municípios e as regiões na busca de soluções para “universalização destes serviços”, salientando que considera importante rever a posição sobre a privatização da Corsan.


Com lema baseado na liberdade, Onyx Lorenzoni (PL) quer fortalecer a educação cívico-militar e o IPE Saúde

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Candidato pelo Partido Liberal (PL), Onyx Lorenzoni, 67 anos, tem como vice a professora Cláudia Jardim (PL), de 40 anos, concorrendo pela chapa Republicanos/Patriotas/Pros/PL. Onyx é natural de Porto Alegre, graduado em Medicina Veterinária e já foi ministro da Casa Civil e do Trabalho e Previdência. Ocupou duas vezes o cargo de deputado estadual no Rio Grande do Sul e está no quinto mandato como deputado federal. 


Foco na liberdade

Trazendo “a escolha pela transformação do Rio Grande” como slogan, Onyx Lorenzoni se intitula um candidato "transparente, responsável e eficiente", buscando a garantia do “mais profundo valor que nos define, a liberdade”, com a liberdade de ir e vir, de expressão e pensamento, de escolha, religiosa e econômica. Nessa esfera, baseia seu Plano de Governo em 16 áreas: respeito aos valores e compromissos; governar para as pessoas; responsabilidade fiscal; promoção e prevenção de saúde; atenção à primeira infância; habitação; atenção aos vulneráveis; educação; segurança pública; desenvolvimento econômico; geração de emprego e renda; ambiente de negócios e atratividade para empresas; inovação e tecnologia; agricultura; infraestrutura; e, por fim, turismo e cultura.  

Entre as propostas, Onyx afirma que o Rio Grande do Sul deveria ter aderido a outro plano de recuperação fiscal, sendo ele o Plano de Promoção de Equilíbrio Fiscal. Mas que promete cumprir o que foi firmado com a União por meio do Regime de Recuperação Fiscal, abrindo novos diálogos no futuro. Voltado às finanças, quer a edição da Lei de Liberdade Econômica, que garante o direito de desenvolvimento de atividades econômicas sem muita interferência do Estado. Somado a isso, quer a integração com municípios e a sociedade, com o modelo de secretarias regionais. 

Na saúde, quer trabalhar a “prevenção” tendo em vista a população altamente idosa no Estado e recuperar a gestão e sustentabilidade financeira do IPE Saúde. Além de dar atenção à Primeira Infância e trabalhar na educação programas como o “Abandono Escolar RS”, agindo para a permanência dos estudantes na escola. Propõe o foco na educação profissional e na criação de escolas cívico-militares.

Incentiva o desenvolvimento de energias renováveis, como a eólica, e a implantação de pequenas centrais hidrelétricas e usinas termelétricas a partir de gás natural.


O que Onyx diz sobre a privatização 

Em seu plano, Onyx declara uma “parceria e empresas estatais”, em que os serviços que são viáveis de serem prestados pela iniciativa privada, “com fiscalização estatal, devem ser privatizados". Em outras situações, o Estado “deve continuar fornecendo diretamente os serviços à população”. A escolha do modelo a ser seguido será baseada em estudos e projetos, de “forma técnica e transparente”. 

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